Prezados irmãos, queridos companheiros da Doutrina Espírita: a mensagem do Nosso Senhor Jesus Cristo versa sobre caridade e humildade, virtudes que Ele incansavelmente exemplificou e vivenciou junto àqueles que O seguiam, revelando, com Sua postura, durante todo o tempo em que aqui permaneceu no meio de nós como espírito encarnado, a grandeza e a pureza do Seu coração.

Há séculos Suas palavras ecoam no espaço sideral como uma doce e suave melodia, embalando mentes e corações perdidos nos caminhos tortuosos das facilidades e dos prazeres cuja essência é uma temporalidade vazia, sem substrato de eternidade. Mas a maioria dos homens, indispostos quanto a seus deveres e responsabilidades como espíritos imortais, transita pela vida indiferente à sua paternidade divina, conectando-se apenas ao atendimento dos seus interesses pessoais.

Assevera-nos o Mestre que somos os trabalhadores da última hora – como tais, urge que nos empenhemos em assumir a tarefa que nos cabe, cabe a cada um de nós como membros da família universal, contribuindo com empenho, esforço e boa vontade para que o reino de Deus se instale na Terra a partir do coração de cada um, esteja na situação de encarnado ou de desencarnado. Lamentavelmente, contudo, muitos indivíduos, no gozo de sua inteligência e no uso dos seus talentos, se pervertem no caminho da evolução, comprometendo-se com a dor e a aflição que, no futuro, os aguardarão como mestras eficientes para que os mandatários da irresponsabilidade assumam verdadeiramente sua condição de herdeiros do Pai e, como tais, façam bom uso da herança que Dele receberam com o único propósito de se elevarem, de se iluminarem, de se aperfeiçoarem, de buscarem o amadurecimento íntimo, compenetrados de que só assim gozarão da verdadeira felicidade – felicidade sem as máculas do personalismo narcisista, egoísta e orgulhoso com que tentam alcançar a qualquer preço prestígio e notoriedade.

Estamos findando um período marcado pelo calendário dos homens, encerramos uma etapa, fechamos um ciclo em que a reflexão, a meditação devem estar presentes como organizadores dos sentimentos e dos pensamentos acalentados na intimidade de cada um. Negar-se essa oportunidade é negar-se uma oportunidade valiosa de encontrar consigo mesmo, de conhecer sua intimidade para, a partir daí, estabelecer consigo um programa de transformação interior que urge ser atendido com determinação corajosa, esforço sincero, vontade no bem, perseverando com firmeza e singular alegria nas posturas do dia a dia.

Jesus Cristo, Nosso Mestre de Amor, em Sua misericordiosa manifestação de amor e bondade, cerca o planeta de luminar assistência, que alcança todos nós através dos Seus missionários da caridade. E nós, como estamos seguindo? Nos caminhos que nos conduzirão aos planos da luz? Aquiescemos aos convites da renovação? Ou ainda vestimos a capa dos desculpismos intermináveis, aguardando que os céus operem por nós, trazendo-nos a solução para nossas questiúnculas, sem que seja necessário o esforço intenso individual, renovador?

A hora é especialíssima, quando externamos nossa extremada gratidão a esse Mestre amorosíssimo, que veio até nós, deixando temporariamente os altiplanos d Luz Divina, para nos ensinar o amor. Comemoremos essa presença sublime entre nós, comemoremos o mundo novo que podemos alcançar a partir da postura renovada, dos hábitos modificados com base na caridade, na solidariedade, na fraternidade, na compaixão, no perdão!

Agradeçamos à vida que acontece em nosso entorno, plena de esperança, plena de luz, plena de harmonia. Acessemo-la com nosso querer, com nossa vontade que, como uma chave moldada nas mais puras e sublimes energias da verdade, abrirá a porta do amanhã plenificado pelas bênçãos carinhosas do nosso querido Mestre, que, sob os acordes da melodia celestial, aguarda cada um de nós.

Com apreço e votos de paz,

Manoel Felipe Santiago