Amados irmãos, permitam-me, neste momento, oferecer a vocês meu óbolo de contribuição para que o bem-estar, a saúde, o equilíbrio, a paz se instalem nos corações.
Reconheçamos, amados, que esta doutrina-luz nos oferece consolo e amparo em nossas horas vazias, em que nos rodeiam as enfermidades e as dores das aflições que assaltam o mundo, dando-nos a impressão de que nos falta o ar, nos falta o oxigênio.
Aqui nos encontramos nesta hora, queridos, para dizer-lhes que não nos sentiremos consolados, não nos sentiremos amparados por Nosso Senhor Jesus Cristo se não formos ao Seu encontro, se não trabalharmos em nosso campo íntimo o nosso processo de remissão.
Anunciam nossos benfeitores que os tempos estão chegados, e compreendemos que se avizinha da Terra o momento tão aguardado pelos obreiros do Senhor, em que nosso amado planeta deixará a condição de provas e expiações, passando ao tempo da regeneração que irá imperar entre os corações de boa vontade, comprometidos com os ensinamentos do Pai Maior, trazidos à Humanidade por Seu amantíssimo Filho.
A hora pede que trabalhemos, trabalhemos sem cansaço, trabalhemos vigorosamente para que a bondade, a doçura, a serenidade, a compaixão, o perdão e todas as virtudes tão bem exemplificadas por nosso sublime Irmão se instalem definitivamente nos corações.
A hora exige que aquele que se diz cristão se comporte como tal, cumprindo seus deveres e suas obrigações, conforme orientam as sagradas leis, por meio do trabalho constante de autoeducação, de autoaprimoramento, buscando no estudo sério, constante, as diretrizes seguras para contornar os obstáculos da existência com o entendimento das responsabilidades de cada um perante o Universo.
Sem dúvida, já deixamos a infância espiritual e, assim, permanecer insistentemente nessa ideia é negar Nosso Senhor Jesus Cristo e Sua mensagem, que chegaram até nós por ter constatado o Pai a nossa condição de amadurecimento interior, como espíritos eternos, imortais que somos. Negar essas verdades é resistir à felicidade que nos aguarda após a vivência dos compromissos a nós atribuídos para que a nossa evolução aconteça e possamos acessar níveis vibracionais melhores.
Urge que nos libertemos das algemas vigorosas do egoísmo e do orgulho, que ainda permitimos que controlem nossas atitudes e pensamentos, com nossa própria conivência.
De mim mesmo, ainda é pouco, muito pouco o que posso trazer para orientá-los. Valho-me da misericordiosa assistência dos irmãos aqui presentes, que também se compadecem de mim e me estendem suas operosas mãos para que, juntos, formemos uma corrente – a corrente do trabalho regenerador, trabalho de reforma interior, que levará, pelo progresso alcançado, o amor e a paz a todos os irmãos.
Assim, convidamos vocês a fazerem parte conosco dessa corrente, levando a outros corações a certeza do amor do Pai por Seus filhos, a certeza de que a vida continua em níveis jamais imaginados por nós, onde abundam o amor, a saúde, o equilíbrio, a fraternidade, a certeza de que somos os construtores da nossa felicidade ou do nosso infortúnio.
Então, construamos na terra firme da humildade, da paciência, da piedade, da benevolência uma existência amorosa, distribuindo afeto, ternura, carinho para os que conosco convivem, próximos ou não. Mantenhamos em nós mesmos a chama viva da certeza de que, sustentados pelo amor de Deus, romperemos a madrugada escura da dor e do sofrimento para encontrarmos o amanhecer banhado pela luz do sol da alegria, da esperança, do recomeço com Jesus, por toda a eternidade.
Lembrem-se: formamos agora uma corrente. Não permitamos que ela se rompa; ao contrário, fortaleçamos seus elos com as vibrações puras da fidelidade aos ensinamentos sublimes ofertados a nós por nosso benemérito companheiro de caminhada Allan Kardec.
Agradecemos muito a doce acolhida que sentimos neste ambiente.
Recebam o fraternal abraço deste que se reconhece como um cisco – sim, um cisco, com Deus e Jesus Cristo pela Sua graciosa misericórdia.
Chico Xavier
