Amados irmãos, filhos diletos: como filhos do Altíssimo que somos, trazemos deveres e obrigações aos quais urge darmos cumprimento por meio do trabalho no bem e do esforço constante de aprimoramento interior.
Jesus Cristo, queridos irmãos, conferiu-nos a tarefa de implantarmos o reino dos céus na terra dos corações, levando aos corações oprimidos a esperança, oferecendo aos corações ressequidos a água pura da fé, reestruturando em seu campo interior as verdades eternas, expandindo em seu psiquismo a compreensão do significado da vida, que, transpondo os limites da matéria densa, estende-se para além das fronteiras limitadoras impostas pelo homem. Este, restrito por si mesmo a um campo de atuação em virtude de suas posturas ainda alimentadas pelo orgulho e pelo egoísmo, trilha, dessa forma, por caminhos que o levarão à vivência da dor e do sofrimento, até que as lágrimas vertidas pelo arrependimento e pelo remorso lavem a estrutura íntima, permitindo, assim, que as edificações futuras sigam as linhas ofertadas pelo arquiteto divino.

Arquiteto que oferta ao mundo das construções internas um plano de possibilidades organizadas pelo protocolo do amor, que vige em todo o Universo, vibrando a pureza, a misericórdia e a suprema bondade geradas pelo Pai Celestial, que, na figura sublime de Pai-Criador, sustenta toda a Sua criação, proporcionando vida à vida em toda a sua extensão, numa amplitude e profundidade que o homem em sua atual condição moral/evolucional não consegue acessar.
Cumpre-nos, nesta hora, realizarmos com empenho e determinação a tarefa de nossa competência, com o entendimento de que houve um preparo anterior para que esse processo de crescimento acontecesse, dentro de um planejamento gradual e, por isso mesmo, de acordo com as possibilidades de cada um. Contudo, para o trabalhador que desenvolve em si mesmo a reformulação de conceitos, dois fundamentos são sinalizadores do seu labor: vontade e querer. Vontade no bem e querer verdadeiro, sem camuflar o seu próprio desempenho ao dar cumprimento ao dever que o convida à renovação e à obrigação que o convoca á instalação do reino de amor entre as criaturas.

O hoje, o agora, é a oportunidade que temos para realizar as mudanças de nossa competência, pois, se adiarmos, por indiferença ou desprezo, as tarefas que irão promover o nosso adiantamento moral, elas aguardarão por nós no tempo futuro, uma vez que são de nossa responsabilidade. Dotados de livre-arbítrio, de liberdade de escolha, podemos adiar a realização de algum compromisso previamente assumido com a Vida Maior, mas não podemos olvidar que esse adiamento não nos exime da responsabilidade de realizá-lo. Tal compromisso faz parte do nosso processo e só nós poderemos responder por ele perante Deus.

O tempo é hoje, o agora espera que façamos o bem, amando o próximo conforme as determinações superiores, proporcionando ao outro um ambiente agradável, favorável, para que sua existência seja repleta de conquistas positivadas pela conduta vivida segundo os mandamentos.

Não podemos transferir para outrem as nossas responsabilidades evolucionais; antes, precisamos abraçá-las com amor, fé e coragem, trabalhando nos mínimos pontos a reformulação interior, com profunda gratidão pela oportunidade gloriosa de ascendermos a níveis melhores, onde a solidariedade, a caridade, a fraternidade vigem em todos os corações.

Com profundo respeito, agradecemos reconhecidamente a oportunidade, desejando-lhes paz e saúde! Deste humilíssimo servidor de Jesus Cristo,

Bezerra de Menezes